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S. Vicente de Paulo

  “… Já em 1618, S. Vicente de Paulo tinha visitado as obscuras prisões da Conciergerie onde estavam encerrados, em condições desumanas, centenas de condenados. (…).       Era um espectáculo desolador nunca visto até então. (…) Os condenados viviam num verdadeiro inferno, blasfemavam contra Deus, amaldiçoavam a vida e gritavam sem esperança de serem atendidos. (…). Não podendo acabar com esta forma de escravatura, S. Vivente de Paulo desenvolveu uma série de iniciativas no intuito de melhorar as condições de vida destes homens. (…)”.

                                                                    Vicente de Paulo – Pai dos Pobres – Edições Paulinas – 2006

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  Vicente de Paulo, Vincent de Paul ou Vincent Depaul, nascido no dia 24 de abril de 1581, em Paris, tendo falecido em 27 de setembro de 1660. Foi um sacerdote católico francês, declarado santo pelo Papa Clemente XII em 1737, tendo sido um dos grandes protagonistas da Reforma Católica na França do século XVII.

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  Ozanam quis colocar as Conferências sob o patrocínio de São Vicente de Paulo. "Modelo na terra, protector no Céu".

Foi em Landes, em Pouy, nos arredores de Dax, que nasceu em 1581 o jovem Vicente de Paulo, terceiro dos seis filhos de modestos lavradores. Dos longos dias passados no meio da natureza, na guarda de rebanhos, lhe veio o gosto da solidão e do recolhimento.

 

  Seu pai impressionado com a inteligência de Vicente, mandou-o para o colégio em Dax, onde fez rápidos os estudos e se definiu a sua vocação.

Ordenado no ano 1600 com vinte anos incompletos, torna-se sucessivamente capelão de Margarida de Valois, pároco de Clichy, que transforma em paróquia modelo e preceptor na família de Filipe Manuel Gondi, general das galés, ao qual acompanha nas suas deslocações: verifica então o que é a miséria dos lavradores e a insuficiência do clero e daí lhe nasce o sentimento da necessidade de evangelizar os meios rurais.

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  É nomeado pároco de Chatillon-les-Dombes e em pouco tempo tudo está transformado, criando a primeira "Confraria de Caridade" destinada a "ajudar o corpo e a alma a bem morrer ou a bem viver".

  Volta a casa dos Gondi, que o tinha reclamado, põe em pé a congregação a Missão, destinada a evangelizar aldeias, a qual em pouco anos cobre grande parte do solo da França. A completar a acção das Missões, desenvolve as Confrarias de Caridade, para o que pede a colaboração de Luísa de Marillac, que com ele colaborará até à morte e recruta as Damas da Caridade.

  Entretanto torna-se capelão das Galés. Vicente de Paulo toma contacto com as prisões, verdadeira imagem do inferno e consegue melhorar a sorte dos desgraçados presos.

Para assegurar permanência nos socorros aos deserdados, institui as "filhas da Caridade", origem das "Irmãs de São Vicente de Paulo".

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  Dedica os seus esforços à espiritualidade do clero: daí nascem em diversos seminários, os "exercícios dos ordinandos", e também as "Conferências das Terças-Feiras" destinadas aos futuros Bispos, frequentadas, entre outros, por Bassuet, que a Vicente de Paulo aplicava o dito do Apóstolo: "Se alguém fala, que as suas palavras sejam as palavras de Deus".

  Junto de Luís III, de Ana de Áustria, de Richelieu e de Mazarino, desenvolve notável acção na escolha de superiores eclesiásticos e a sua actividade torna-se prodigiosa para acudir a todos os males: Cria o orfanato, instrução, aprendizagem e colocação de crianças expostas; organiza em vasto socorro às províncias devastadas pela guerra, vencendo a fome, as epidemias e levantando ruínas.

  Inteligência fulgurante, que lhe apresenta a raiz do mal a combater, vontade firme e privilegiado espírito de organização; tudo isto ao serviço dum coração a transbordar de amor fraterno, constitui o mais admirável exemplo terreno da "Caridade nas Obras".

 

  Falecido em 1660, foi canonizado em 16 de Junho de 1737, vindo a ser proclamado por Leão XIII patrono das obras de caridade.    

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